Ao longo dos séculos, muitos outros cientistas e médicos também contribuíram para o desenvolvimento de vacinas. Por exemplo, o médico francês Louis Pasteur foi um dos primeiros a utilizar o método de atenuação (que consiste em amortecer ou debilitar um vírus para que ele se torne menos virulento) para criar vacinas. Outro exemplo é o médico alemão Paul Ehrlich, que desenvolveu uma técnica chamada “imunização passiva”, que consiste em injetar anticorpos produzidos por animais infectados para proteger pessoas de doenças.

Atualmente, as vacinas são desenvolvidas por meio de processos científicos rigorosos e são amplamente utilizadas em todo o mundo para prevenir doenças infecciosas graves e potencialmente fatais, como a gripe, o sarampo, a raiva e o câncer do colo do útero.

Quando uma pessoa é vacinada, o sistema imunológico produz anticorpos contra o vírus ou bactéria presente na vacina. Esses anticorpos ficam armazenados no corpo, prontos para combater a infecção caso a pessoa venha a ser exposta ao vírus ou bactéria na vida real. Dessa forma, a vacina protege a pessoa de uma futura infecção pelo vírus ou bactéria.

Existem vários tipos de vacinas, que podem ser administradas de diferentes maneiras. Algumas vacinas são administradas por meio de uma injeção, enquanto outras são administradas por via oral (por exemplo, como uma pílula). Algumas vacinas também podem ser administradas por meio de uma gota no nariz ou na boca.

Independentemente da forma como são administradas, as vacinas são uma das maneiras mais eficazes de prevenir doenças infecciosas graves e potencialmente fatais. Elas têm sido responsáveis por salvar milhões de vidas ao redor do mundo e são amplamente utilizadas em todos os países do mundo.

1. Desenvolvimento de uma candidata a vacina: A primeira etapa do processo de produção de uma vacina é o desenvolvimento de uma candidata a vacina. Isso envolve a seleção de um vírus ou bactéria que seja capaz de causar a doença que se quer prevenir e a adaptação dessa amostra para que ela se torne menos virulenta ou inativa.
2. Testes pré-clínicos: Depois de desenvolver uma candidata a vacina, ela passa por testes pré-clínicos em laboratório, onde é testada em células cultivadas ou em animais para verificar se ela é segura e capaz de produzir uma resposta imune.
3. Testes clínicos: Se a candidata a vacina passar nos testes pré-clínicos, ela é então testada em seres humanos em três fases de ensaios clínicos. A primeira fase envolve um pequeno grupo de pessoas e serve para verificar se a vacina é segura. Na segunda fase, a vacina é testada em um grupo maior de pessoas para verificar sua eficácia. Na terceira fase, a vacina é testada em um grupo ainda maior de pessoas para confirmar sua eficácia e segurança.
4. Aprovação e licenciamento: Se a vacina passar pelas três fases de ensaios clínicos, ela é então submetida à aprovação pelas agências reguladoras, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no Brasil ou a Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos. Se a vacina for aprovada, ela é licenciada para ser distribuída e utilizada em larga escala.
5. Produção em larga escala: Depois de ser aprovada e licenciada, a vacina é produzida em larga escala em fábricas especializadas. Isso envolve a produção do vírus ou bactéria, a inativação ou amortecimento do agente infeccioso, a produção do antígeno (a proteína que é responsável por gerar a resposta imune) e a embalagem da vacina em frascos ou seringas.
6. Distribuição: Depois de ser produzida, a vacina é distribuída para as clínicas, hospitais e outros locais de vacinação.

Em geral, as vacinação são muito eficazes em prevenir doenças infecciosas graves e potencialmente fatais. Por exemplo, a vacina contra a varíola foi responsável por eliminar essa doença em todo o mundo, e a vacina contra o sarampo tem sido amplamente utilizada para reduzir significativamente o número de casos dessa doença em todo o mundo.

No entanto, nem todas as vacinas são 100% eficazes. Algumas vacinas podem não ser tão eficazes em pessoas com determinados tipos de sistemas imunológicos ou em pessoas que têm certas condições de saúde pré-existentes. Além disso, algumas vacinas podem não ser tão eficazes em prevenir determinadas doenças, como a gripe, que pode mutar rapidamente e tornar-se resistente a algumas vacinas.

Mesmo que uma vacina não seja 100% eficaz, ela ainda pode ser muito útil em reduzir o número de casos de uma doença e ajudar a proteger as pessoas mais vulneráveis, como os idosos e as crianças pequenas. Além disso, a vacinação em larga escala pode ajudar a interromper a disseminação de uma doença e a proteger a comunidade como um todo.

A seguir, apresentamos algumas das vacinas que fazem parte do calendário de vacinação infantil no Brasil:

• Vacina pentavalente: Essa vacina protege contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e haemophilus influenzae tipo b (Hib). Ela é administrada em três doses: aos 2 meses, 4 meses e 6 meses de idade.
• Vacina tríplice viral: Essa vacina protege contra três doenças: sarampo, caxumba e rubéola. Ela é administrada em duas doses: aos 12 meses e aos 15 meses de idade.
• Vacina pneumocócica: Essa vacina protege contra doenças pneumocócicas, como pneumonia e meningite. Ela é administrada em duas doses: aos 2 meses e aos 4 meses de idade.
• Vacina contra o rotavírus: Essa vacina protege contra o rotavírus, uma doença que causa diarreia grave e pode levar à desidratação. Ela é administrada em duas doses: aos 2 meses e aos 4 meses de idade.

Além dessas vacinas, o calendário de vacinação infantil também inclui outras vacinas, como a vacina contra o HPV (human papillomavirus) e a vacina contra a gripe. É importante ressaltar que o calendário de vacinação pode variar de acordo com a região e pode ser atualizado periodicamente para incluir novas vacinas ou alterar as recomendações de vacinação. É importante seguir as recomendações do calendário de vacinação infantil para garantir que a criança esteja protegida contra doenças graves e potencialmente fatais.

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